O medo da renovação: Álvaro Dias tenta desmerecer Allyson Bezerra

 

Foto: Divulgação 

Bateu o desespero na velha política do Rio Grande do Norte. Em entrevista recente à TV Ponta Negra, o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias, tentou desmerecer o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, com um argumento no mínimo contraditório: a juventude.


Segundo Álvaro, o “problema” de Allyson seria “ser muito novo”, e ainda aconselhou que ele “não atropele as coisas”. Curioso ouvir isso de quem iniciou sua carreira pública aos 30 anos, como vice-prefeito de Caicó, em 1989. Se na época a juventude fosse vista como um defeito, talvez Álvaro não tivesse tido a mesma oportunidade de começar.


A verdade é que a fala do ex-prefeito não tem nada de análise técnica ou estratégica. É, na realidade, um reflexo claro do incômodo com a renovação. Quando a juventude passa a ser usada como argumento contra alguém que construiu sua trajetória com trabalho, resultados e conexão direta com a população, a crítica deixa de ser sobre preparo — e passa a ser sobre medo.


Medo de perder espaço. Medo de ver a política mudar de mãos. Medo de quem não carrega nas costas os vícios de um sistema que por décadas se manteve intocado.


Allyson representa uma nova forma de fazer política: próxima, transparente e eficiente. E isso incomoda. Incomoda quem se acostumou a ver a política como um jogo de cartas marcadas, onde a idade e os sobrenomes importam mais que o trabalho entregue.


O povo de Mossoró já deu seu recado em 2020 e reafirmou em 2024: quer renovação. E não é o discurso antiquado de quem teme perder privilégios que vai mudar esse desejo.

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